Como vivem os Espíritos inferiores? Podem exercer influência sobre os homens?



Há muitas classes de Espíritos maus?

- Há os Espíritos simplesmente inferiores, tais como os Espíritos levianos, imperfeitos, zombeteiros, que nossos pais chamavam de duendes, os brincalhões, e que gostam de travessuras de toda espécie; depois há os Espíritos perversos, que induzem os homens ao mal, pelo prazer de fazer o mal, e os que, como os Espíritos batedores, habitam as casas mal-assombradas.

Como vivem os Espíritos inferiores?

- Numa vida inquieta e atormentada; eles percorrem, sem destino certo, as regiões crepusculares da erraticidade, sem poderem compreender seu estado, nem achar seu caminho: é o que se chama de almas penadas.

Os demônios, então, não existem?

- Não; há maus Espíritos, porém os que são chamados de demônios, ou espíritos eternamente maus, não existem; nem o mal, nem os maus podem ser eternos.

Os maus Espíritos podem, então, exercer influência sobre os homens?

- Por meio dos fluidos e em virtude da lei de afinidade espiritual: “Quem se assemelha, se ajunta.”

Os maus Espíritos podem, então, 


- Sim. Sobre os homens maus, que os invocam, ou sobre os homens fracos, que se entregam a eles; daí os frequentes fenômenos da possessão e da obsessão.

Que pensar do papel do demônio nas manifestações espíritas?

- O demônio não existe e não pode existir, porque, se ele existisse, Deus não existiria; um exclui necessariamente o outro.

Os Espíritos inferiores são nocivos?
- Alguns o são; e sua má influência sobre os homens deu lugar à crença nos demônios.
Como assim?

- Se o demônio é eterno como Deus, há dois seres eternos. Ora a coexistência de duas eternidades é impossível; ela seria uma contradição na ordem metafísica. Esses dois deuses, um do bem, outro do mal, lembram a teoria oriental dos dois princípios: é uma reminiscência do dualismo dos maniqueus. Se, ao contrário, o demônio é uma criatura de Deus, Deus se torna responsável diante da humanidade de todo o mal que o demônio tem feito e fará ainda, eternamente. É a mais clamorosa injúria que se possa fazer a Deus, pois que é negar sua justiça e sua bondade. Há maus Espíritos, já o dissemos acima, que impelem ao mal o homem que a ele é propenso; mas o demônio, considerado como a personificação individual do mal, não existe.





Por José Carlos Aguiar Bezerra
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